Portugal, com uma localização privilegiada, o clima, o mar, a beleza natural, a gastronomia, a segurança, o sistema de saúde pública, o custo de vida, entre outros fatores, é cada vez mais um destino turístico para milhões de estrangeiros. Estes fatores determinam também o interesse de turistas e outros estrangeiros na aquisição de uma casa no nosso País. Como comprova, por exemplo, o facto de, nos últimos anos, o grande aumento do número de turistas americanos, ter influenciado a procura de casas por cidadãos daquele país. Portugal é visto como um local na moda para se viver. De facto, a procura de casa por parte de estrangeiros tem vindo a aumentar em Portugal. E, mesmo numa conjuntura desfavorável, com a subida das taxas de juro e o aumento da inflação, a tendência não parece alterar-se, ao que não será alheio os programas de isenções fiscais existentes no nosso País (como “vistos gold”), que o tornam mais competitivo.

O “Direito de Preferência” na venda de uma casa, está previsto na Lei de Bases da Habitação, e obriga quem vende a dar preferência à pessoa ou entidade pública que tem prioridade na compra da casa, ou seja, a quem é titular desse direito. De facto, numa transação de compra e venda de uma casa, há situações e prioridades em que pode ser exercido o “Direito de Preferência”.

O seu crédito habitação foi contratado com um determinado banco, mas pode mudar, não tem que manter o empréstimo até ao fim do contrato nesse banco. Numa conjuntura em que os juros estão baixos, e há uma grande concorrência no sector bancário, pode renegociar o crédito habitação com o seu banco ou, pode transferi-lo para outro banco que lhe ofereça melhores condições de financiamento (após o 2º ano de contrato). Em qualquer dos casos, pode significar poupar muito dinheiro

As taxas de juros (Euribor), para todos os prazos, têm tido subidas sucessivas, alcançando valores que já não se registavam há vários anos. Também o aumento dos preços de bens e serviços é uma constante, com a inflação a registar valores elevados (atingiu os 10,2% em Outubro último). Factos que, conjugados, afetam os rendimentos líquidos das famílias, o que exige grande “ginástica financeira” na gestão dos seus orçamentos. Daí ao aumento da taxa de esforço é um passo, e surgem dificuldades em pagar as prestações mensais da casa (em especial, nos casos dos créditos habitação de taxa de juro variável).

A renegociação do crédito habitação com o seu banco, é uma oportunidade de baixar a prestação mensal da casa, e ter mais liquidez no orçamento familiar; pode, ainda, gerar alguma poupança. Mas, há questões que deve saber, e ponderar, antes de decidir renegociar o seu crédito habitação.

O mercado imobiliário enfrentou e enfrenta vários desafios, mas a venda de casas continua a fazer-se a bom ritmo e as perspetivas futuras são animadoras para o setor. O mercado imobiliário resistiu bem a um grande desafio, a crise gerada pela pandemia de Covid-19, nos anos 2020 e 2021, cujos confinamentos influenciaram os comportamentos das pessoas e famílias. Mas, apesar disso, o sector imobiliário registou um aumento de transações em 2021. Ainda este desafio não tinha acabado, e outro surgiu, em Fevereiro 2022, com a guerra na Ucrânia, que afetou a atividade económica na Europa, a que Portugal também não escapou, porque vivemos num mundo cada vez mais globalizado.

Quando contrata um crédito habitação com um banco, não tem que ficar vinculado a esse banco durante todo o prazo do empréstimo. Pode decidir, em qualquer momento, transferir o seu crédito habitação para outra entidade bancária. É até uma oportunidade de baixar a prestação mensal da casa, criando uma folga no orçamento familiar, e fazer até alguma poupança.

Vender a casa não é fácil, porque para além de uma decisão financeira tem uma carga emocional muito forte, mesmo que se mude para uma melhor. Mas, se está a ponderar, ou já decidiu, vender a sua casa, tem que saber quanto é que ela vale. O valor de uma casa é influenciado pela lei da oferta e da procura, a qual, por sua vez, é influenciada pelas oscilações do mercado. Com estabilidade económica e social, há mais procura e os preços sobem; em tempos de crise, há menos procura, e os preços descem. Mas, há que ter em conta também as facilidades, ou não, de contrair um crédito habitação, ao qual a maioria das pessoas recorre para comprar casa.

Há um momento da sua vida em que certamente sonha ter casa própria. Daí a pensar comprar a sua primeira casa, é um passo. Um passo importante na sua vida. Mas, entre o sonho e a realidade vai uma grande distância. Antes, deve ponderar bem a decisão, porque é um dos seus maiores investimentos. Nessa ponderação, deve ter em conta alguns aspetos fundamentais, mas também os custos e encargos que irá suportar, em especial, se tiver de recorrer ao crédito habitação, que é um processo complexo e moroso. Vejamos algumas dicas para comprar a sua primeira casa.

A separação de um casal marca o fim de uma fase importante das suas vidas, e obriga a tomar decisões difíceis, com impacto emocional e financeiro. Exemplo disso é, perante um divórcio, a existência de um Crédito Habitação em nome do casal. Há que decidir se vendem ou não a casa e comunicar a decisão à entidade bancária.